sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Alucinação

Da janela da sala
Sinto os raios do sol sob minha pele
Brilham meus pelos
Reluzem dourado

E como um gato
Espreguiço-me
Faço firulas sob os raios do sol
Como quem não tem pressa

Por um instante sinto-me observada
Ao lançar meu olhar transversal pela janela
De repente vi seu rosto

Rosto esse a me observar.
Tento disfarçar, fingir que não vi.
É tarde, já fui percebida

Meus olhos encontram os seus
Custo acreditar
Como em um close
Seus olhos castanhos à me observar

Numa fração de segundos,
Como um vulto que chega sutilmente
Sinto sua presença

E perceptivelmente levada pelos pensamentos
Sinto teu cheiro
Teus beijos, que ardentes percorrem meu corpo
E invadem minha alma

Por fim, o tão desejado beijo
Teus lábios unidos aos meus
Sinto tua língua a navegar meus longos mares
Sob o céu da minha boca
Faço a volta ao mundo em alguns segundos

Tu anseias meu afago, meu calor
Como se quisesse levar-me para dentro de ti

Tuas mãos deslizando pelo meu corpo nu
Sinto-me aquecida pelo teu corpo quente
As batidas do seu coração
O sussurro ao pé do teu ouvido

Sentidos aguçados
Teu corpo no meu grudado
O suor embebe nossos corpos
Num deleite de prazer

E assim como num sonho
Sigo flutuando em pensamentos
Como se não houvesse hora para acabar

Toca a campanhia!
É a realidade que veio me buscar.

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