Sempre fiz do meu jeito.
Eu estava cega, e já nada podia fazer para sair do meu próprio eu. Virei, e encontramos um modo de ver, dês uma olhada! Sintas a pureza.
Então, tomastes o controle como um olhar penetrante nos meus olhos. Sou apenas a ferramenta que fez trazer esse mundo para ti. Meus olhos foram abertos em meio à um estado de sono profundo, pude sentir meu sangue sendo entornado sob um rio congelante.
Pesadelos tão próximos da morte estavam no ar, então fechei meu coração e dei-te a chave.
Prometa nunca me deixar. Como as mentiras envoltas num vazio penetravam no meu coração partido, gritando o teu nome, esperando uma resposta, num silêncio de infindáveis crepúsculos de verão submersos pelo inverno. Olhar tua face, e perceber que as chances que eu gastei, foram bem mais importantes do que os simples esboços feitos à mão.
Sua vida, seu toque, seus pensamentos, seus sonhos, seu amor, nunca experimentaram algo tão pesado assim como o meu, e eu choro como a dor que entra.
Eu te amo, e sempre vou te amar, mesmo não demonstrando, sinto que uma parte de mim foi-se embora para sempre, e agora fico a recolher as memórias envoltas naquela intimidade, e repetindo palavras de amor ditas tarde demais. “Meus olhos miram para todos os lados, mas o foco és tu”, porque em ti, encontro-me. Parecia uma protecção angelical, um abraço num lugar onde o sol era tão morno que ardia o meu interior. Onde o amor leva minhas depressões mais profundas e obscuras, e lança-as no mais fundo dos mares, para nunca mais voltar. A hora chegou, e é a tua vez.
É a altura de ir para esse lugar, um lugar onde chamo de casa.
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